NEGOCIAÇÕES COLETIVAS E TELETRABALHO

Resumo

A pandemia de COVID-19 alterou a forma de trabalhar para o teletrabalho em muitas atividades. O artigo problematiza tal mudança e suas repercussões para a vida das pessoas que trabalham, bem como examina as atuações coletivas para a proteção dos direitos humanos nesta modalidade de realização de atividades laborais. Reflete sobre os efeitos das inovações tecnológicas advindas da indústria 4.0, a diversidade de circunstâncias experimentadas nas relações de trabalho no Brasil, a tendência de manutenção do trabalho à distância para diversas atividades após passado o período da pandemia do coronavírus e as consequências, a longo prazo, desta forma de trabalho. Analisa as alterações introduzidas na CLT pela Reforma Trabalhista (Lei 13.467/2017), cláusulas negociadas em convenções e acordos coletivos de trabalho anteriores à pandemia e trabalhos acadêmicos a respeito do teletrabalho. Estudos empíricos vêm apontando para acentuação das dificuldades das mulheres em separar as atividades profissionais e as domésticas. Percebe uma agenda de pesquisa aberta sobre o tema e verifica a importância da atuação sindical para que a aplicação das tecnologias de informação e comunicação seja acompanhada de critérios sociais, sob o olhar crítico e analítico do ser humano, e se atente para as diferentes realidades e os princípios fundamentais do Estado Democrático de Direito, de modo a caminhar na direção da indústria 5.0, com foco principal na humanização das relações de trabalho e na qualidade de vida.

Palavras Chaves

Teletrabalho. Direito do trabalho. Sindicatos. Negociações Coletivas. Tecnologias da informação.