APESAR DE TUDO, UM NOVO TEMPO: O QUE OS GRUPOS DE APOIO A ADOÇÃO TÊM REALIZADO NA GARANTIA DO DIREITO A CONVIVÊNCIA FAMILIAR?

Resumo

Sob a perspectiva da proteção integral da criança e do adolescente, as políticas públicas e os órgãos do sistema de garantia de direitos têm promovido avanços significativos que visam a plena convivência familiar e comunitária. A adoção é uma vertente fascinante que exige uma ótica e uma prática transdisciplinar, provocando um entrelaçamento de saberes e fazeres. O presente artigo trata de um dos mecanismos que tem atuado fortemente nesse sistema, os Grupos de Apoio à Adoção, que tem assumido cada vez mais um lugar de escutatória, mas também de provocação, acolhedor na vida de famílias constituídas pela adoção e postulantes. A pesquisa em tela trata-se de uma análise qualitativa de questionários aplicados à 10 (dez) famílias constituídas pela via da adoção e participantes dos grupos de apoio do ES e tem como objetivo discutir o impacto dos Grupos de Apoio a Adoção, da região metropolitana de Vitória/ES, na promoção do direito a convivência familiar de crianças e adolescentes. A análise dos questionários permitiu a identificação de 05 (cinco) áreas de reflexão: Dores coletivas; Parentalidade e mudanças em estilos educativos; Instilar esperança; Aconselhamento nas questões da adoção; Cegonhas, voluntários, visibilidade e busca ativa. Diante dos depoimentos e da própria experiência da entrevista investigativa, percebe-se como os grupos de apoio adoção formam uma rede de vínculos positivos e críticos. Por fim, o título desse trabalho nos convida a refletir sobre as fragilidades humanas, legais, políticas, culturais e sócio-econômicas desse país, mas convida: há de se ter esperança num novo tempo.

Palavras Chaves

Adoção. Grupos de Apoio à Adoção. Convivência familiar. Convivência comunitária. Busca Ativa.